MORMONISMO

O MORMONISMO

 

A história do mormonismo tem início com a pessoa de Joseph Smith, nascido a 23 de dezembro de 1805, no Condado de Windsor, Estado de Vermont, nos Estados Unidos.

 

I. UM RESUMO HISTÓRICO DO MORMONISMO

Para melhor compreender a história do mormonismo, torna-se necessário estudá-la partindo da sua base, isto é, da vida de Joseph Smith, o fundador da seita.

 

1.1. A Primeira Visão de Smith

Joseph Smith tinha mais ou menos dez anos de idade quando, com seus pais, mudou-se para Palmyra, no Condado de Ontário (atual Wayne), no Estado de Nova Iorque. Quatro anos após, mu­dou-se novamente, agora para Manchester, também no Condado de Ontário.

Foi criado na ignorância, pobreza e superstição. Ainda moço, decepcionou-se com as igrejas que conhecera. Foi nesse tempo que diz ter recebido a sua primeira visão, segundo a qual aparece­ram-lhe o Pai e o Filho, denunciando a falsidade de todas as igre­jas, com as seguintes palavras: "Eles se chegam a mim com os seus lábios, mas seus corações estão longe de mim; eles ensinam mandamentos dos homens como doutrina, tendo aparência de san­tidade, mas negando o meu poder" (O Testemunho do Profeta Joseph Smith, p. 4).

 

1.2. A Segunda Visão de Smith

De acordo com a relato do próprio Smith, apareceu-lhe o "anjo" Moroni, que, segundo fez crer, havia vivido naquela mesma re­gião há uns 1400 anos. Mórmon, o pai de Moroni, um profeta, havia gravado a história do seu povo em placas de ouro. Quando estavam a ponto de serem exterminados por seus inimigos, Moroni teria enterrado essas placas ao pé de um monte próximo do local onde hoje é Palmyra. Nessa visão, Moroni teria indicado a Joseph Smith o lugar onde as placas foram escondidas, e emprestou-lhe umas pedras especiais, um certo tipo de lentes, chamadas "Urim" e "Tumim", com as quais Joseph Smith poderia decifrar e traduzir os dizeres dessas placas.

Depois de conseguir as placas de ouro e as lentes, Smith, sen­tado por trás de uma cortina, teria ditado a um amigo a tradução do que estava escrito nas placas. Depois devolveu as placas e as lentes a Moroni. Uma vez traduzida, a obra foi publicada pela pri­meira vez em 1829, recebendo o título de O Livro de Mórmon.

 

1.3. Fundação da Igreja Mórmon

Joseph Smith cedo encontrou quem o aceitasse como profeta, pelo que fundou a "Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias". Desde então, ficou estabelecido como um princípio doutri­nário que esta era a única igreja verdadeira, e que fora dela não havia outro meio de salvação para o homem.

 

 

Joseph Smith, fundador do Mormonismo

 

Uma série de "revelações" de Joseph Smith foi desenvolven­do a doutrina dessa igreja, transformando-a, através dos anos, numa forma de politeísmo. Os crentes deveriam edificar uma teocracia, isto é, teriam o assessoramento de doze apóstolos. As pretensões de domínio de Smith eram tão elevadas que ele chegou a lançar-se candidato à presidência dos Estados Unidos.

Smith e seus seguidores sofriam não poucas perseguições, ra­zão por que eram levados a peregrinar de um a outro ponto da América, procurando onde estabelecer uma colônia e fundar o rei­no de Deus. Encontraram acolhida em Illinois, onde erigiram a cidade de Nauvoo. Ali, acusado de grosseira imoralidade e falsifi­cação, Smith foi preso, e uma turba enfurecida invadiu a cadeia e, a tiros, matou Smith e seu irmão, Hyrum.

 

1.4. A Divisão da Igreja Mórmon

Depois da morte de Joseph Smith, sua igreja se dividiu. A primeira facção seguiu a liderança de Brigham Young, fiel discí­pulo do "profeta" Smith. Como ainda eram muitas as persegui­ções que sofriam nessa época, Young e aqueles a quem liderava, após penosa peregrinação, em julho de 1847, chegaram ao Estado de Utah, na época território mexicano não ocupado, e, ali, onde hoje é a cidade de Salt Lake City, fundaram a sede da igreja, uma espécie de quartel-general, de onde o mundo seria alcançado pe­los apóstolos do mormonismo.

A maioria, no entanto, decidiu ficar sob a liderança de um filho de Joseph Smith, e separou-se dos demais, permanecendo no Estado de Missouri. Reorganizaram a igreja e estabeleceram sua sede em Independence, Missouri. Chamaram-na "Igreja Reorga­nizada de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias". Esta igreja tem prosperado e ainda permanece, embora seja menor que a de Utah.

Das várias facções que surgiram depois da morte de Joseph Smith, outra digna de menção é a "Igreja de Cristo do Lote do

Templo", com sede em Bloomington, Estado de Illinóis. Segundo as "revelações" recebidas por alguns líderes dessa facção, conven­ceram-se de que Sião, o lugar do regresso de Cristo à Terra, está em Bloomington, e não em Israel. Crêem que Ele terá o seu tem­plo em certo lote da área onde está a sede dessa igreja.

 

II. O LIVRO DE MÓRMON

Cabe-nos perguntar: O Livro de Mórmon é também a Palavra de Deus? Tem ele o significado e o valor que os mórmons dizem ter? A resposta a ambas as perguntas é: NÃO!

 

2.1. O Que É O Livro de Mórmon

A primeira edição de O Livro de Mórmon para o português apareceu no ano de 1938, e, até o ano de 1975, já haviam sido impressas seis edições. O Livro de Mórmon compõe-se de 15 li­vros, divididos em capítulos e versículos, tal como a Bíblia Sagra­da. Os seus livros estão dispostos da seguinte maneira:

Nome do Livro

Capítulos

Versículos

1º Livro de Nefi

22

618

2º Livro de Nefi

33

779

Livro de Jacó

7

203

Livro de Ênos

1

27

Livro de Jarom

1

15

Livro de Omni

1

30

As Palavras de Mórmon

1

18

Livro de Mosiah

29

786

Livro de Alma

63

1943

Livro de Helamã

16

497

3a Livro de Nefi

30

765

4a Livro de Nefi

1

49

Livro de Mórmon

9

227

Livro de Éter

15

433

Livro de Moroni

10

167

 

No seu todo, O Livro de Mórmon soma um total de 239 capí­tulos e 6553 versículos. Nele são encontrados capítulos inteiros da Bíblia. Por exemplo: Ia Nefi 20 é igual a Isaías 48; 2a Nefi 12 e 24 são iguais a Isaías 2 e 14; 3a Nefi 24 é igual a Malaquias 3; 3a Nefi 12 e 14 são iguais a Mateus 5 e 7; Moroni 10.7-20 é igual a 1 Coríntios 12.

Não obstante O Livro de Mórmon conter muito da Bíblia Sa­grada, ele a condena como um livro mutilado e cheio de erros, que Satanás usa para escravizar os homens. Isto é dito textualmente em Ia Nefi 13.28,29 e 2a Nefi 29.3,6.

 

2.2. Testemunhos Contra O Livro de Mórmon

São muitíssimas as provas de que O Livro de Mórmon é obra de homem e não a Palavra de Deus. Dentre essas provas desta­cam-se as seguintes:

 

• A opinião mais comum entre os estudiosos do mormonismo é que o conteúdo de O Livro de Mórmon, em grande parte, foi tomado de um romance de Salomão Spaulding, um pastor presbiteriano aposentado, que escreveu uma história fictícia dos primeiros habitantes da América.

• As descobertas arqueológicas e os estudos históricos pro­vam que os primeiros habitantes da região indicada em O Livro de Mórmon eram muito diferentes da descrição que ele dá quanto aos costumes, nomes, caráter e línguas.

O Livro de Mórmon contém mais ou menos 10.000 citações diretas da versão da Bíblia inglesa "King James", publicada pela primeira vez em 1611.

• O livro pretende ser a tradução de placas de ouro enterradas desde o ano 420 até 1823, contudo cita com precisão capítulos inteiros de uma Bíblia publicada em 1611. Isso é simplesmente inconcebível!

•  O livro foi escrito em uma linguagem paupérrima, porém, quando cita a Bíblia (o profeta Isaías, por exemplo), mostra erudição de linguagem, mais uma prova de que esses textos foram copi­ados diretamente da Bíblia.

O Livro de Mórmon põe na boca de personagens que vive­ram séculos antes de Cristo, palavras que a Bíblia atribui a nosso Senhor; ou põe na boca do Senhor palavras que só poderiam sair da boca de um bastardo e inculto.

• É estranho que Joseph Smith não mostrasse as placas de ouro a ninguém mais, além das três testemunhas abaixo, para que o seu testemunho fosse confirmado.

• Oliver Cowdery, David Whitner e Martins Harris são citados em O Testemunho do Profeta Joseph Smith como tendo visto as placas de ouro de onde Smith teria traduzido O Livro de Mórmon. O próprio Smith os chama depois de "ladrões e mentirosos, dema­siadamente maus para serem mencionados" (Smith, History of the Church, vol. IV, p. 461).

• Para tão volumoso conteúdo de O Livro de Mórmon, as pla­cas de ouro que Joseph Smith descreveu requeriam um trabalho microscópico ou algo miraculoso.

• Os muitos erros gramaticais e de conteúdo de O Livro de Mórmon o fazem obra de homem e não Palavra de Deus.

 

III. O "PROFETA" JOSEPH SMITH

Como o caráter de qualquer movimento ou religião é, de certa forma, um segmento do caráter do seu fundador, torna-se evidente que quanto mais conhecermos a respeito de Joseph Smith, melhor conheceremos o mormonismo, também chamado "A Igreja de Je­sus Cristo dos Santos dos Últimos Dias".

Foi Joseph Smith um profeta de Deus? Ou foi ele um falso profeta? A resposta a esta pergunta se acha na Bíblia Sagrada.

 

3.1. Como Julgar um Profeta

Deus mesmo nos dá o critério para julgar um profeta, procu­rando saber quando ele fala da parte do Senhor ou fala de si mes­mo; quando ele é um verdadeiro ou um falso profeta. Diz Deus:

"O profeta que presumir falar alguma palavra em meu nome, que eu não lhe mandei falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta será morto. Se disseres no teu coração: 'Como conhecerei a palavra que o Senhor não falou?' Sabe que quando esse profeta falar em nome do Senhor, e a palavra dele se não cumprir nem suceder como profetizou, esta é a palavra que o Se­nhor não disse; com soberba a falou o tal profeta: não tenhas te­mor dele... Quando um profeta ou sonhador se levantar no meio de ti, e te anunciar um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou pro­dígio, de que te houver falado, e disser: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, não ouvirás as palavras desse profeta ou sonhador" (Dt 18.20-22; 13.1-3).

A prova do falso profeta tanto era razoável como natural, e consistia no seguinte: 1) Se a palavra proferida não se cumprir; ou 2) Se a palavra se cumprir, mas o profeta, prevalecendo-se disto, conduzir as pessoas a se afastarem do verdadeiro Deus e a segui­rem outros deuses.

 

3.2. Profecias de Joseph Smith

Vamos mostrar algumas das "profecias" de Joseph Smith que não suportaram o rigor e o crivo da exatidão divina:

 

3.2.1. A Nova Jerusalém e seu templo

Smith profetizou que a Nova Jerusalém e o seu templo devem ser erigidos no Estado de Missouri, nos Estados Unidos, nesta geração (Doutrina e Pactos, seção 84.1-5).

Ratificando esta absurda profecia, Orson Pratt, apóstolo do mormonismo, declarou efusivamente: "Os Santos dos Últimos Dias esperam o cumprimento desta profecia durante a geração em existência, em 1832, assim como esperam que o sol nasça e se ponha amanhã. — Por quê? — Porque Deus não pode mentir. Ele cumprirá todas as suas promessas" (Revista de Discursos, vol. IX, p. 71).

 

3.2.2. A CASA EM NAUVOO

Smith profetizou que sua casa em Nauvoo haveria de perma­necer e pertencer à sua família para sempre (Doutrina e Pactos, Seção 124.56-60). Porém, após sua morte, os mórmons deixaram a cidade e sua casa não pertence a nenhum dos seus familiares.

 

3.2.3.  Os INIMIGOS

Aplicou a si próprio o texto de 2Q Nefi 3.14, dizendo que os seus inimigos seriam confundidos e destruídos ao procurarem des­truí-lo. No entanto, ele foi morto à bala na prisão de Cartthage, em Illinóis, no dia 27 de junho de 1844.

 

3.2.4.  O NASCIMENTO DE JESUS

Falou que Jesus devia nascer em "Jerusalém", que é a terra de nossos antepassados (Alma 7.10), quando a Bíblia diz que Jesus nasceria em Belém da Judéia (Mq 5.2), profecia que se cumpriu fielmente (Mt 2.1).

 

3.2.5. A vinda do Senhor

Em 1835, profetizou: "a vinda do Senhor está próxima... até mesmo cinqüenta e seis anos deviam terminar a cena" (History of the Church, vol. II, p. 182).

 

3.2.6. Os "Habitantes da Lua"

Smith predisse que "os habitantes da lua têm tamanho mais uniforme que os habitantes da Terra, têm cerca de 1,83m de altura. Vestem-se muito à moda dos quacres, e seu estilo é muito geral, com quase um só tipo de moda. Têm vida longa, chegando geral­mente a quase mil anos" (Revista de Oliver B. Huntinton, vol. II, p. 166).

Evidentemente, Smith jamais sonhara que algum dia o ho­mem chegaria à lua, e verificaria que lá não há nenhum tipo de vida.

 

IV. PRINCIPAIS DOUTRINAS DO MORMONISMO

Como as demais seitas estudadas ao longo deste livro, o mormonismo também possui suas doutrinas exóticas e anti-bíblicas, como é mostrado a seguir.

 

4.1. Regras de Fé do Mormonismo

O próprio Joseph Smith, fundador do mormonismo, escreveu aquilo que até hoje é aceito como "Regras de Fé d'A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias", as quais se seguem:

• Cremos em Deus, o Pai Eterno, e no seu Filho, Jesus Cristo, e no Espírito Santo.

• Cremos que os homens serão punidos pelos seus próprios pecados e não pela transgressão de Adão.

• Cremos que, por meio do sacrifício expiatório de Cristo, toda a humanidade pode ser salva pela obediência às leis e regras do Evangelho.

• Cremos que os primeiros princípios e ordenanças do Evange­lho são: primeiro, fé no Senhor Jesus Cristo; segundo, arrependi­mento; terceiro, batismo por imersão, para remissão dos nossos pe­cados; quarto, imposição das mãos para o dom do Espírito Santo.

• Cremos que um homem deve ser chamado por Deus, por profecia e por imposição de mãos por quem possua autoridade para pregar o Evangelho e administrar ordenanças.

• Cremos na mesma organização existente na igreja primitiva, isto é, apóstolos, profetas, pastores, mestres, evangelistas, etc.

•  Cremos no dom de línguas, na profecia, na revelação, nas visões, na cura, na interpretação de línguas, etc.

• Cremos ser a Bíblia a Palavra de Deus, quando for correta a sua tradução; cremos também ser O Livro de Mórmon a Palavra de Deus.

• Cremos em tudo o que Deus tem revelado, em tudo o que Ele revela agora, e cremos que Ele ainda revelará muitas grandes e importantes coisas pertencentes ao Reino de Deus.

• Cremos na coligação literal de Sião, na restauração das Dez Tribos; que Sião será construída neste continente (o norte-ameri­cano); que Cristo reinará pessoalmente sobre a Terra, a qual será renovada e receberá a sua glória paradisíaca.

• Pretendemos ter o privilégio de adorar a Deus, o Todo-Poderoso, de acordo com os ditames da nossa consciência, e concede­mos a todos os homens o mesmo privilégio, deixando-os adorar, como ou o que quiserem.

• Cremos na submissão aos reis, presidentes, governadores e magistrados, como também na obediência, honra e manutenção da lei.

• Cremos ser honestos, verdadeiros, castos, benevolentes, virtuosos e em fazer o bem a todos os homens. Na realidade, podemos dizer que seguimos a admoestação de Paulo. Cremos em todas as coisas e confiamos na capacidade de tudo suportar. Se houver qualquer coisa virtuosa, amável e louvável, nós a procuraremos.

 

4.2. Destruindo Sofismas

Tem assustado a muitos cristãos sinceros o fato de haver gran­de semelhança entre determinados pontos deste credo mórmon e a crença bíblica por eles esposada. Vem ao caso indagar: "Isto signi­fica que os mórmons comungam dos mesmos princípios espiritu­ais que o Cristianismo autêntico aceita como doutrina bíblica?" A resposta é: NÃO! Como a sinceridade de uma crença não estabe­lece a sua veracidade, é muito fácil mostrar que, na teoria, o mormonismo diz crer no que o verdadeiro cristão crê; enquanto, na prática, as suas doutrinas se mostram pura heresia. Se não, vejamos:

a. O Deus e o Cristo do mormonismo não são os mesmos re­velados na Bíblia.

b. Na doutrina mórmon a pena do pecado é muito diferente da mostrada nas Escrituras.

c. A obra expiatória de Cristo tem significado bem diferente para o mormonismo.

d. Ainda que admita crer nos "princípios e ordenanças do Evan­gelho", o mormonismo os faz monopólio próprio.

e. A vocação ministerial só é legítima quando evidenciada por parte dos mórmons — dizem.

f. A Igreja Cristã fracassou, pelo que o mormonismo com toda a sua hierarquia, é hoje o único representante da verdadeira Igreja — afirmam.

g.  As operações do Espírito, conforme crê o mormonismo, nada têm a ver com aquelas manifestações tratadas no Novo Tes­tamento.

h. A Bíblia é um livro imperfeito, precisando ser suplementada pelo O Livro de Mórmon, Doutrina e Pactos, e A Pérola de Grande Preço — alegam.

i. A crença mórmon na revelação progressiva de Deus objeti­va estabelecer a canonicidade de O Livro de Mórmon, bem como das chamadas "revelações" de Joseph Smith.

j. O mormonismo crê que, na manifestação de Cristo, a Amé­rica do Norte, e não Israel, será a sede do seu governo milenar.

l. Enquanto admite crer nas autoridades constituídas, o mormonismo praticamente nega obediência ao único e verdadeiro Deus.

 

4.3. Outras Heresias da Doutrina Mórmon

Dado o grande volume de doutrinas defendidas pelo mormonismo, dentre outras, atente para as seguintes:

 

4.3.1. Acerca da Bíblia

"A Bíblia é a Palavra de Deus, escrita pelos homens. E básica no ensino mórmon. Mas os santos dos últimos dias reconhecem que se introduziram erros nesta obra sagrada, devido à forma como este livro chegou a nós. Além do mais, consideram-na incompleta como um guia...

"Suplementando-a, os santos dos últimos dias possuem três outros livros. Estes, como a Bíblia, constituem as obras-padrão da Igreja. São conhecidos como O Livro de Mórmon, Doutrina e Pac­tos, e A Pérola de Grande Preço" (Quem São os Mórmons?, p. 11).

 

4.3.2. Acerca de Deus

"Agora ouvi, ó habitantes da terra, judeus e gentios, santos e pecadores! Quando nosso pai chegou ao jardim do Éden, entrou nele com um corpo celestial, e trouxe consigo Eva, uma de suas esposas. Ele ajudou a organizar o mundo. Ele é Miguel, o Arcanjo, o Ancião de Dias! acerca de quem santos homens têm escrito e falado — ele é o nosso pai e nosso Deus, e o único Deus com quem devemos lidar" (Brigham Young, Revista de Discursos, vol. Lpp. 50,51).

 

4.3.3. Acerca de Jesus Cristo

"Ele não foi gerado pelo Espírito Santo..." (Revista de Discur­sos, 1-50).

"Jesus Cristo foi polígamo: Maria e Marta, as irmãs de Lázaro, eram suas esposas pluralistas, e Maria Madalena era outra. Tam­bém a festa nupcial de Cana da Galiléia, onde Jesus transformou água em vinho, realizou-se por ocasião de um dos seus casamen­tos" (Brigham Young, Wife nfl 19, 384).

 

4.3.4. Acerca da Igreja

"É evidente que a Igreja foi literalmente expulsa da Terra; nos primeiros dez séculos que seguiram logo após o ministério de Cris­to, a autoridade do sacerdote foi perdida entre os homens, e ne­nhum poder humano poderia restaurá-la. Mas o Senhor, em sua misericórdia, providenciou o restabelecimento de sua Igreja nos últimos dias, e pela última vez... Foi já demonstrado que essa res­tauração foi efetuada pelo Senhor através do Profeta Joseph Smith" {Mediação e Expiação, pp. 170, 171, 178).

 

4.3.5. Acerca do batismo pelos mortos

"Temos aqui [Hebreus 6.1,2] a explicação de como as portas de sua prisão poderão ser abertas e eles postos em liberdade; pela crença do Evangelho, através do batismo pelos mortos. Os que ainda estão na carne fazem trabalho vicário para os seus mortos, e, assim tornam-se salvadores do monte Sião" (O Plano de Salva­ção, p. 32).

 

4.3.6. Acerca do matrimônio

"O matrimônio, na teologia mórmon, é um contrato sagrado, ordenado divinamente. Sob a autoridade do sacerdote, um homem e uma mulher são casados não somente para essa vida como mari­dos e esposas legais, mas também para a eternidade" (Quem São os Mórmons?, p. 13).

 

4.3.7. Acerca do castigo eterno

"Não devemos dar uma interpretação particular a este termo; procuraremos entender corretamente o seu significado.

"Castigo eterno é o castigo de Deus; sem fim é a punição de Deus; ou, em outras palavras, é o nome da punição que Deus infli­ge, sendo ele eterno em sua natureza.

"Por isso, todos aqueles que recebem castigo de Deus, rece­bem um castigo eterno, dure este uma hora, um dia, uma semana, um ano ou uma era" (O Plano da Salvação, p. 35).

 

4.4. Refutação a Essas Doutrinas Falsas

O árbitro maior da fé cristã não é a teologia seca e morta, nem as alegadas "visões" de homens, sejam eles quem forem, mas a Bíblia Sagrada. E é à luz dos seus ensinos que as crenças do mormonismo são refutadas, como é mostrado a seguir.

 

4.4.1. A BÍBLIA

A Bíblia Sagrada fala de si mesma, como:

• O livro dos séculos (SI 119.89; 1 Pe 1.25).

• Divinamente inspirada (Jr 36.2; 2Tm 3.16; 2 Pe 1.21).

• Poderosa em sua influência (Jr 5.14; Rm 1.16; Ef 6.17; Hb4.12).

• Absolutamente digna de confiança (1 Rs 8.56; Mt 5.18; Lc 21.33).

• Pura (SI 19.8).

• Santa, justa e boa (Rm 7.12).

• Perfeita (SI 19.7; Rm 12.2).

• Verdadeira (SI 119.142).

Os escritos mais antigos dos Pais da Igreja, apoiados pelas mais recentes descobertas arqueológicas, provam que a Bíblia é um livro inalterável em conteúdo literário e doutrinário.

 

4.4.2. Deus

• Deus e Adão são pessoas distintas. Deus é o Criador (Gn 1.26), enquanto Adão é criatura de Deus (Gn 1.27).

• Deus não é homem (Nm 23.19).

• Deus é Espírito (Jo 4.24).

• Deus é imutável (Ml 3.6).

• Deus é eterno (SI 102.26,27).

 

4.4.3. Jesus Cristo

• Jesus Cristo foi gerado por obra e graça do Espírito Santo (Lc 1.35).

• Dizer que Jesus era casado, e que as Bodas de Cana da Galiléia foi a festa do seu próprio casamento, demonstra ignorância quanto à exegese de João 2.2. Muito mais que isto, constitui-se num abo­minável ultraje à Pessoa do Salvador Jesus Cristo.

 

4.4.4. A Igreja

• A Igreja foi estabelecida por Jesus (Mt 16.18).

• A Igreja está fundamentada em Jesus (Mt 16.16,18).

• A Igreja é vitoriosa sobre o inferno pelo poder de Jesus (Mt 16.18).

• A Igreja será salva da Grande Tribulação pelo poder de Jesus (Ap3.10).

• A Igreja será glorificada por Jesus (Ef 5.25-27).

É evidente que, durante séculos, a Igreja tem sofrido a perse­guição dos poderosos e a rejeição dos arrogantes, contudo, tem brilhado e triunfado.

 

4.4.5.  O BATISMO PELOS MORTOS

• Não há nenhuma referência na Bíblia, nem na história eclesi­ástica, quanto ao batismo pelos mortos, como uma prática da Igreja.

• A ênfase de Paulo em 1 Coríntios 15.29,30 é sobre a ressur­reição dos mortos, e não sobre o batismo pelos mortos. A referên­cia de Paulo a esse batismo praticado pelo paganismo é feita como represália àqueles que, a despeito de ensinarem a validade desse batismo, negavam a possibilidade da ressurreição.

 

4.4.6.  O MATRIMÔNIO

• Não obstante constituído por Deus, o matrimônio não chega a ser um sacramento divino.

• Os ressuscitados serão como os anjos, não se casam nem se dão em casamento (Mt 22.30).

 

4.4.7.  O CASTIGO ETERNO

• Se a interpretação mórmon quanto ao castigo dos ímpios é correta, então o gozo dos salvos não será eterno no verdadeiro sentido da palavra. Assim sendo, como explicar passagens como João 6.51; 1 João 2.17 e Mateus 25.46?

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Capítulo 1

Os Dois Modos e a Primeira Ordem

HÁ DOIS MODOS, um de vida e um de morte, mas uma grande diferença entre os dois modos. O modo de vida, então, é este: Primeiro, amarás ao Deus que te fez; segundo, ame ao teu vizinho como a ti mesmo, e não faça ao outro o que não queres que seja feito a ti. E destas declarações o ensino é este: Abençoe aqueles que te amaldiçoam, e ore pelos seus inimigos, e jejue por aqueles que te perseguem. Pois que recompensa há em amar os que te amam? Não fazem assim os gentios? Mas ameis aos que te odeiam, e tu não terás um inimigo. Afaste-se de luxúrias carnais e mundanas. Se alguém golpear sua face direita, vire a ele também a outra, e serás perfeito. Se alguém o forçar [a andar] uma milha, vá com ele duas. Se alguém tomar tua capa, dê-lhe também seu casaco. Se alguém tomar de ti o que é seu, não peça de volta, pois na verdade não é capaz. Dê a todo o que te pede, e não peça de volta; pois a vontade do Pai é que tudo deve ser dado de nossas próprias bênçãos (dons gratuitos). Feliz é aquele que dá de acordo com o mandamento, porque é inocente. Ai daquele que recebe; pois se alguém recebe quem tem necessidade, ele é inocente; mas aquele que recebe não tendo necessidade pagará a penalidade, por que recebeu e para que quê. E ao entrar em confinamento, ele será examinado com relação às coisas que ele fez, e ele não escapará de lá até que reembolse o último centavo. E também com relação a isto, foi dito, deixe suas esmolas suar em suas mãos, até que saibas a quem deverás dar.

Capítulo 2

A Segunda Ordem:

Pecado Sério Proibido

E o segundo mandamento do Ensino; não cometerás homicídio, não cometerás adultério, não cometerás pederastia, não cometerás fornicação, não roubarás, não praticarás magia, não praticarás feitiçaria, não matarás uma criança por aborto, nem matarás a que nasce. Não desejarás as coisas de teu vizinho, não jurarás, não darás falso testemunho, não falarás mal, não sustentarás nenhum rancor. Não serás dúbio de mente nem dobre de língua, pois ser dobre de língua é uma armadilha de morte. Sua fala não será falsa, nem vazia, mas cumprida através da ação. Não serás cobiçoso, nem ávido, nem um hipócrita, nem mal disposto, nem arrogante. Não farás má deliberação contra teu vizinho. Não odiarás a nenhum homem; mas alguns reprovarás, e por alguns orarás, e alguns tu amarás mais que sua própria vida.

Capítulo 3

Outros Pecados Proibidos

Meu filho, fuja de tudo que é mau, e de tudo que se assemelhe a isto. Não seja propenso a raiva, pois a raiva conduz ao assassínio. Nem sejas ciumento, nem briguento, nem de temperamento fervente, pois destes se geram homicídios. Meu filho, não sejas luxurioso. Pois a luxúria leva à fornicação. Nem sejas um fala-dor imundo, nem altivo, pois estes geram adultérios. Meu filho, não sejas um observador de presságios, visto que isto conduz à idolatria. Nem sejas um encantador, nem astrólogo, nem um purificador, nem se deixe levar por estas coisas, pois estas geram idolatria. Meu filho, não sejas um mentiroso, visto que uma mentira conduz ao roubo. Nem sejas amante do dinheiro, nem vanglorioso, pois destes gera-se o roubo. Meu filho, não sejas um murmurador, visto que isto conduz à blasfêmia. Não sejas egoísta nem mal-intencionado, pois estes geram blasfêmias.

Prefira, ser manso, pois o manso herdará a terra. Sejas resignado, piedoso e clemente e gentil; e bom e sempre tremendo às palavras que ouvis-te. Não exaltes, nem conceda autoconfiança à sua alma. A sua alma não se junte ao altivo, mas apenas com o humilde deve ter relacionamento. Aceite tudo que acontece a ti como algo bom, sabendo que se não for por Deus nada acontecerá.

Capítulo 4

Vários Preceitos

Meu filho, lembre-se noite e dia daquele que fala a palavra de Deus contigo, e honre-o como fazes ao Senhor. Por onde quer que a regra grandiosa seja proferida, há Deus. E procure dia a dia as faces dos santos, para que tu possas descansar nas suas palavras. Não almeje a divisão, mas prefira aqueles que afirmam a paz. Julgue justamente, e não respeite as pessoas ao reprovar suas transgressões. Não fiques indeciso se será ou não. Não fiques diante de uma maca para receber e de uma gaveta para dar. Se tiveres alguma coisa, por suas mãos darás resgate por seus pecados. Não hesite em dar, nem reclame quando deres; pois tu saberás quem é o bom retribuidor do assalariado. Não se vire daquele que está querendo (pedindo); prefira, compartilhar todas as coisas com seu irmão, e não diga que elas são suas próprias coisas. Pois se tu és participante no que é imortal, quanto mais naquilo que é mortal? Não detenha sua mão de seu filho ou filha; prefira, ensinar-lhes o temor de Deus desde sua mocidade. Não ordene nada em sua amargura ao seu servo ou serva que esperam no mesmo Deus para que não eles deixem de temer ao Deus que está acima de ambos; porque ele não vem chamar de acordo com a aparência externa, mas para aqueles a quem o Espírito preparou. E teu servo esteja sujeito a seus mestres quanto ao modo de Deus, em modéstia e temor. Tu odiarás toda hipocrisia e tudo que não é do agrado de Deus. Não abandone de nenhum modo às ordens do Senhor; mas mantém o que tens recebido, nem acrescendo nem tirando. Na igreja tu reconhecerás tuas transgressões, e não virás para sua oração com uma consciência má. Este é o modo de vida.

Capítulo 5

O Modo da Morte

E o modo de morte é este: Em primeiro lugar, é mau e amaldiçoado: assassinatos, adultério, luxúria, fornicação, roubos, idolatrias, artes mágicas, feitiçarias, estupro, falso testemunho, hipocrisia, falsa intenção, decepção, arrogância, depravação, egoísmo, ganância, fala imunda, ciúme, auto-confiança, presunção, ostentação; perseguição ao bem, ódio à verdade, amor à mentira, desconhecimento de uma recompensa por retidão, que não reparte por bem, nem tem julgamento íntegro, não assiste ao que é bom, mas ao o que é mau; de quem mansidão e resistência estão distantes, vaidades amorosas, procura pela vingança, que não tem pena de um homem pobre, que não trabalha para o aflito, desconhecendo Aquele que os fez, assassinos de crianças, destruidores da obra de Deus, afastando-se daquele que é desejável, afligindo o que está aflito, defensores dos ricos, juízes sem lei dos pecadores pobres, absolutos. Sejais, filhinhos, livres de todos estes.

Capítulo 6

Contra Falsos Mestres, e Comida Oferecida a Ídolos

Tenhais cuidado para que ninguém vos faça errar neste modo de Ensino, visto que é Deus que vos ensina. Pois se sois capazes de suportar o jugo do Senhor, sereis perfeitos; mas se não puderes fazer isto, façais o que sois capazes. E com relação à comida, suportai o que sois capazes; mas com respeito ao que é sacrificado a ídolos tendes excessivo cuidado; pois isto é obra de deuses mortos.

Capítulo 7

Acerca do Batismo

Com relação ao batismo, batizai deste modo: Dizendo todas estas coisas primeiro, batizai no nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, em água viva. Mas se tu não tiveres água viva, batizai em outra água; e se não podes fazer assim em água fria, faça assim em água morna. Mas se não tiveres nenhuma, despeje água três vezes na cabeça [do que está sendo batizado] no nome do Pai, Filho e Espírito Santo. Mas antes do batismo o batizador deve jejuar, e também os batizados, e quem mais puder; mas tu ordenarás o batizado a jejuar um ou dois dias antes.

Capítulo 8

Jejum e Oração (a Oração do Senhor)

Para que os seus jejuns não sejam como os dos hipócritas, porque eles jejuam no segundo e quinto dia da semana. Prefira, jejuar no quarto dia e na Preparação (sexta-feira). Não ore como os hipócritas, mas prefira a oração como o Senhor ensinou no seu Evangelho, dessa maneira:

Pai Nosso que estais no céu, santificado seja o Teu nome. Venha o Teu reino. Seja feita Tua vontade, na terra, como no céu. Nos dê hoje nosso pão (necessário) de cada dia, e perdoa-nos nossas dívidas como nós também perdoamos nossos deve-dores. E não nos deixe cair em tentação, mas livra-nos do mau (ou mal); pois Teu é para sempre o poder e a glória.

Ore três vezes a cada dia.

Capítulo 9

A Eucaristia

Agora com relação à Eucaristia, dê graças deste modo. Primeiro, com relação ao cálice: Nós te agradecemos, nosso Pai, pela videira santa de Davi, o teu servo, que Tu tornaste conhecido a nós por Jesus Teu Servo; a Ti seja para sempre a glória. E com relação ao pão partido: Nós te agradecemos, nosso Pai, pela vida e conhecimento que fizeste conhecidos a nós por Jesus Teu Servo; a Ti seja para sempre a glória. Até mesmo como este pão partido se espalhou sobre as colinas, e foi reunido e se tornou um, assim que a Tua Igreja seja reunida desde os confins da terra em Teu reino; pois Tua é para sempre a glória e o poder por Jesus Cristo.

Mas não deixou ninguém comer ou beber de sua Eucaristia, a menos que eles fossem batizados no nome do Senhor; por também se interessar por isto o Senhor disse, "não dê o que é santo aos cães."

Capítulo 10

Oração de Acordo com a Comunhão

Mas depois que você estiver cheio, dê graças, deste modo:

Nós Te agradecemos, Pai santo, por Teu santo nome porque fizeste um tabernáculo em nossos corações, e pelo conhecimento e fé e imortalidade, que modestamente nos tornou conhecidos através de Jesus, Teu Servo; a Ti seja para sempre a glória. Tu, Mestre todo-poderoso, criaste todas as coisas por amor de Teu nome; Tu deste comida e bebida aos homens para o prazer deles, para que pudessem dar-te graças; mas para nós nos deste de boa vontade alimento e bebida espirituais e vida eterna mediante Teu Servo. Antes de todas as coisas nós Te agradecemos pois és poderoso; a Ti seja para sempre a glória. Lembre-se, Senhor, de Tua Igreja, para livrá-la de todo o mal e para torná-la perfeita em Teu amor, pois a reuniste desde os quatro ventos, e a santificou para o Teu reino que preparaste para ela; pois Teu é o poder e a glória para sempre. Que venha a graça, e que este mundo faleça. Hosana ao Deus de Davi! Se alguém é santo, que venha; se alguém não é, que se arrependa. Maranatha. Amém.

Contudo, permita aos profetas fazerem ação de graças tanto quanto desejarem.

Capítulo 11

A Respeito dos Mestres, Apóstolos, e Profetas

Portanto, quem quer que venha e te ensine todas as coisas que foram ditas antes, o receba. Mas se o próprio mestre se volta e ensina outra doutrina à destruição deste, não lhe dê ouvidos. Mas se ele ensina para aumentar a retidão e o conhecimento do Senhor, receba-o como ao Senhor. Mas com respeito aos apóstolos e profetas, aja de acordo com o decreto do Evangelho. Todo apóstolo que vier a Ti seja recebido como o Senhor. Mas que ele não permaneça mais de um dia; ou dois dias, se houver uma necessidade. Mas se ele permanecer três dias, ele é um falso profeta. E quando o apóstolo vai embora, não o deixe levar nada mais que pão até que ele se hospede. Se ele pedir dinheiro, ele é um falso profeta. E todo profeta que fala no Espírito tu não deves nem provar nem julgar; pois todo pecado será perdoado, mas este pecado não será perdoado. Contudo, nem todo aquele que fala no Espírito é um profeta; mas apenas se ele mantiver os caminhos do Senhor. Portanto o falso profeta e o profeta por seus caminhos serão conhecidos. E todo profeta que ordena uma refeição no Espírito não come dela, a menos que realmente seja falso profeta. E todo profeta que ensina a verdade, mas não faz o que ensina, é um falso profeta. E todo profeta, provado ser verdadeiro, opera no mistério da Igreja no mundo, ainda que não ensine a outros a fazer o que ele mesmo faz, não será julgado entre vós, pois com Deus ele terá seu julgamento; porque assim também fizeram os profetas antigos. Mas quem diz no Espírito, me dê dinheiro, ou qualquer outra coisa, não lhe dê ouvidos. Mas se ele lhe diz que dê para outros porque estão em necessidade, ninguém o julgue.

Capítulo 12

Recepção de Cristãos

Mas receba todo mundo que entra em nome do Senhor, e prove e o conheça posterior-mente; para que tu tenhas entendimento do certo e do errado. Se aquele que vem é um viandante, o ajude até onde for possível; mas que ele não permaneça contigo mais de dois ou três dias, pela necessidade. Mas se ele quer ficar contigo, e é um artesão, o deixe trabalhar e comer. Mas se ele não tem nenhum oficio, de acordo com sua compreensão, trate-o como a um Cristão, mas que ele não viva contigo se' for ocioso. Pois se ele nada faz, ele é um trapaceiro. Mantenha-se longe deste.

Capítulo 13

Apoio de Profetas

Todo profeta verdadeiro que quiser viver entre vós é merecedor do vosso apoio. Como também é merecedor um verdadeiro mestre, como o trabalhador, do vosso apoio. Portanto, toda primícia dos produtos da vinha prensada e esmagada, de bois e de ovelhas, tu as tomará e dará aos profetas, porque eles são seus sumos sacerdotes. Mas se não tiveres nenhum profeta, dê para o pobre. Se fizeres um pouco de massa, levai a primícia e dai de acordo com o mandamento. Assim também quando abrires um jarro de vinho ou de óleo, levai a primícia e dai aos profetas; e de dinheiro (prata) e de roupas e de toda posse, levai a primícia, como vos parecer bom, e dai de acordo com a ordem.

Capítulo 14

Assembléia Cristã no Dia do Senhor

Em cada dia do Senhor deveis vos reunir, partir o pão e fazer ação de graças depois de terdes confessado vossas transgressões, para que vosso sacrifício seja puro. Que ninguém que esteja em conflito com o companheiro deve vir junto contigo, até que eles sejam reconciliados, para que vosso sacrifício não seja profanado. Pois isto é o que foi dito pelo Senhor: "Em todo tempo e lugar fazei oferta a mim com um sacrifício puro; porque eu sou um grande Rei, diz o Senhor, e meu nome é maravilhoso entre as nações."

Capítulo 15

Os Bispos e Diáconos; Reprovação Cristã

Portanto, designai para vós mesmos, bispos e diáconos dignos do Senhor, homens mansos, e não amantes de dinheiro, verdadeiros e provados; porque eles também rendem a ti o oficio de profetas e mestres. Por isso não os menospreze, porque eles são honrados, junto com os profetas e mestres. E reprovai um ao outro, não em ira, mas em paz, como vistes no Evangelho. Mas para todo aquele que agir de maneira errada para com um outro, que ele não fale, nem seja ouvida qualquer coisa de ti até que se arrependa. Mas suas orações e esmolas e todos os seus atos sejam assim, como vistes no Evangelho do nosso Senhor.

Capítulo 16

Vigilância; a Vinda do Senhor

Atentai por vossas vidas. Não deixeis vossas lâmpadas se extinguirem, nem vossos lombos soltos; mas estejais prontos, pois não sabeis a hora na qual nosso Senhor virá. Mas reuni-vos freqüentemente, buscando as coisas que são úteis à vossas almas: porque todo o tempo de vossa fé não vos será útil, se não estiverdes perfeitos no último momento. Porque nos últimos dias falsos profetas e corruptores se multiplicarão, e as ovelhas se converterão em lobos, e o amor será transformado em ódio; porque quando a iniqüidade aumentar, eles odiarão e perseguirão e trairão uns aos outros, e então aparecerá o enganador do mundo como Filho de Deus, e fará sinais e maravilhas, e a terra será entregue em suas mãos, e ele fará coisas injustas que nunca foram vistas desde o princípio. Então a criação dos homens entrará no fogo do juízo, e muitos tropeçarão e perecerão; mas aqueles que suportarem em sua fé serão salvos da própria maldição. E então aparecerá o sinal da verdade: primeiro, o sinal do abrir dos céus, então o sinal do som da trompete. E terceiro, a ressurreição dos mortos — contudo não de todo, mas como é dito: "O Senhor virá e todos os Seus santos com Ele." Então o mundo verá o Senhor vindo nas nuvens do céu. Fim

 

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