Adventismo do 7º Dia

 Adventismo do 7º Dia

 

No princípio do século XIX, quando pouca ênfase era dada à segunda vinda de Cristo, Guilherme (William) Miller, pastor batista do Estado de Nova Iorque, nos Estados Unidos, dedicou-se ao estudo e a pregação deste assunto. Lendo Daniel 8.14, "Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado", Miller passou a fazer deste versículo o tema duma grande controvérsia sobre os eventos futuros.

 

I. RESUMO HISTÓRICO DO ADVENTISMO

Calculando que cada um dos 2.300 dias da profecia de Daniel representava um ano, Miller tomou o regresso de Esdras do cati­veiro no ano 457 a.C. como ponto de partida para o cálculo de que Cristo voltaria à Terra, em pessoa, no ano de 1834. Esta previsão fora feita em 1818.

Tão grande foi o impacto causado por essa revelação de Miller, que muitos crentes, vindos de diferentes igrejas, doaram suas pro­priedades, abandonaram os seus afazeres, e se prepararam para receber o Senhor no dia 21 de março daquele ano. O dia aprazado chegou, mas o tão esperado acontecimento não se deu. Revisando seus cálculos, Miller concluiu que havia errado por um ano, e anun­ciou que Cristo voltaria no dia 21 de março do ano seguinte, ou seja, de 1844. Porém, ao chegar essa data, Miller e seus seguido­res, em número aproximado de 100 mil, sofrem nova decepção. Uma vez mais Miller fez um novo cálculo segundo o qual Cristo voltaria no dia 22 de outubro daquele mesmo ano; porém essa previsão falhou também.

 

1.1. Miller Reconhece o Seu Erro

Guilherme Miller deu toda prova de sinceridade, confessando simplesmente que havia se equivocado em seu sistema de inter­pretação da profecia bíblica. Nesse tempo ele mesmo escreveu:

"Acerca da falha da minha data, expresso francamente o meu desapontamento... Esperamos naquele dia a chegada pessoal de Cristo; e agora, dizer que não erramos é desonesto! Nunca deve­mos ter vergonha de confessar nossos erros abertamente" (A His­tória da Mensagem Adventista, p. 410).

 

1.2. Novas Tendências

Não obstante Miller ter reconhecido o seu erro em marcar o dia da volta de Cristo pela interpretação da profecia, nem todos os seus seguidores estavam dispostos a abandonar essa mensa­gem. Dos muitos grupos que o haviam seguido, três se uniram para formar uma nova igreja baseada numa nova interpretação da mensagem de Miller. Esta nova interpretação surgiu de uma "revelação" de Hiram Edson, fervoroso discípulo e amigo de Miller. Segundo Edson, Miller não estava equivocado em rela­ção à data da vinda de Cristo, mas sim em relação ao local. Disse ele que na data profetizada por Miller, Cristo havia entrado no santuário celestial, não no terrenal, para fazer uma obra de puri­ficação ali.

Guilherme Miller não aceitou essa interpretação nem seguiu ao novo movimento. Quanto a isto ele mesmo escreveu:

"Não tenho confiança alguma nas novas teorias que surgiram no movimento; isto é, que Cristo veio como Noivo, e que a porta da graça foi fechada; e que em seguida a sétima trombeta tocou, ou que foi de algum modo o cumprimento da profecia da sua vin­da" (A História da Mensagem Adventista, p. 412).

Até o fim dos seus dias, em 20 de dezembro de 1849, com sessenta e oito anos incompletos, Miller permaneceu como cristão humilde e consagrado. Ele morreu na fé e na esperança de estar em breve com o Senhor.

 

1.3. Anos Posteriores a Miller

Dos três grupos que apoiaram Hiram Edson na sua nova "re­velação", dois deles deram substancial contribuição para a forma­ção da seita hoje conhecida como "Adventismo do 7a Dia".

O primeiro era dirigido por Joseph Bates, que observava o sábado, e não o domingo. O segundo grupo dava muita ênfase aos dons espirituais, particularmente ao de profecia, e tinha entre os seus membros a senhora Helen Harmon (mais tarde senhora White), que dizia ter o dom de profecia.

Ao se unirem os três grupos, cada um deu a sua contribuição para a nova igreja em formação: o primeiro, a revelação de Edson com respeito ao santuário celestial; o segundo, o legalismo; e o terceiro grupo cooperou com uma profetiza que por mais de meio século haveria de exercer influência predominante na fundação e crescimento da nova igreja.

Não obstante possuir uma esperança escatológica, o Adventismo do Sétimo Dia esposa uma doutrina pouco coerente com a revelação divina dada através das Escrituras.

 

II. A GUARDA DO SÁBADO

A guarda do sábado é sem dúvida o principal ponto de contro­vérsia da doutrina do Adventismo do Sétimo Dia. O próprio com­plemento do nome desta seita, "Sétimo Dia", mostra quanta afini­dade existe entre o adventismo e o sábado.

O Adventismo ensina que o crente deve observar o sábado como o dia de repouso, e não o domingo. Crê que os que guardam o domingo aceitarão a "marca da besta" sob o governo do Anticristo. Helen White ensina que a observância do sábado é o selo de Deus; enquanto o domingo será o selo do Anticristo.

 

2.1. Origem da Doutrina Sabática

Já mostramos que dos três grupos que se juntaram para for­mar o Adventismo, o primeiro era liderado por Joseph Bates, e observava o sábado como dia semanal de descanso. Contudo, a observância do sábado como dia de repouso tomou força quan­do a senhora Helen White começou a alegar ter recebido uma "revelação", segundo a qual Jesus descobriu a arca do concerto e ela pode ver dentro as tábuas da Lei. Para sua surpresa, o quarto mandamento estaria no centro, rodeado de uma auréola de luz.

 

2.2. Uma Doutrina Insustentável

Evidentemente, não temos qualquer preconceito contra o Adventismo pelo simples fato de seus adeptos guardarem o sába­do. Questionamos o Adventismo pelo fato de fazerem desse ensi­no um cavalo de batalha contra as igrejas evangélicas que têm o domingo como dia de repouso semanal.

Dos dez mandamentos registrados em Êxodo 20, o Novo Tes­tamento ratifica apenas nove, excetuando o quarto, que fala da guarda do sábado. Por exemplo, compare os mandamentos da co­luna esquerda com os da coluna direita:

 

1. " Não terás outros deuses diante de mim" (Ex 20.3).

1.  "...vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu, e a terra..." (At 14.15).

2. "Não farás para ti imagem de escultura" (Êx 20.4).

2.  "Filhinhos, guardai-vos dos ídolos" (Jo 5.21).

3. "Não tomaras o nome do Senhor teu Deus em vão" (Ex 20.7).

3. "... não jureis nem pelo Céu, nem pela terra" (Tg 5.12).

4.  "Lembra-te do dia do sába­do, para o santifícar" (Ex 20.8).

4. (Não há este mandamento no Novo Testamento)

5. "Honra a teu pai e a tua mãe" (Êx 20.12).

5.  "Filhos, obedecei a vossos pais" (Ef 6.1).

6. "Não matarás" (Êx 20.13).

6. "Não matarás" (Rm 13.9).

7. "Não adulterarás" (Êx 20.14).

7. "Não adulterarás" (Rm 13.9).

8. "Não furtarás" (Êx 20.15).

8. "Não furtarás" (Rm 13.9).

9. "Não dirás falso testemunho" (Êx 20.16).

9. "Não mintais uns aos outros" (Cl 3.9).

10. "Não cobiçarás" (Êx 20.17).

10. "Não cobiçarás" (Rm 13.9).

 

 

O Novo Testamento repete pelo menos:

 

• 50 vezes o dever de adorar somente a Deus;

• 12 vezes a advertência contra a idolatria;

• 4 vezes a advertência para não tomar o nome do Senhor em

vão;

• 6 vezes a advertência contra o homicídio;

• 12 vezes a advertência contra o adultério;

• 6 vezes a advertência contra o furto;

• 4 vezes a advertência contra o falso testemunho;

• 9 vezes a advertência contra a cobiça.

Em nenhum lugar do Novo Testamento, no entanto, é encon­trado o mandamento de guardar o sábado.

 

III. O SÁBADO OU O DOMINGO?

É possível alguém cumprir a Lei sem guardar o sábado? A resposta a esta pergunta é dada quando estudamos a vida e o mi­nistério terreno de nosso Senhor Jesus Cristo.

O Novo Testamento ratifica o que está escrito no Antigo Tes­tamento, que, ninguém jamais foi capaz de cumprir a lei na sua plenitude. A necessidade da encarnação de Cristo se constitui numa das mais evidentes provas da incapacidade do homem em cumprir a lei divina, por isso Ele mesmo disse: "Não penseis que vim revo­gar a lei ou os profetas: não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: Até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da lei, até que tudo se cumpra" (Mt 5.17,18).

Não poucas passagens do Antigo Testamento mostram a irritação divina diante do legalismo frio e morto dos judeus, apre­sentado através dos sacrifícios e sucessivas cerimônias feitas com o propósito de satisfazer a letra da Lei. Quanto mais tempo passa­va, mais imperfeito se manifestava o homem que buscava a perfei­ção através da prática da Lei. Porém, veio Jesus Cristo, o enviado de Deus, para cumprir a Lei em nosso lugar, o que fez coroando-a pelo ato da sua morte na cruz.

 

3.1. Jesus Violou o Sábado

Segundo a Bíblia, Jesus teve o seu nascimento prometido se­gundo a Lei (Dt 18.15); nasceu sob a Lei (Gl 4.4); foi circuncidado segundo a Lei (Lc 2.21); foi apresentado no templo segundo a Lei (Lc 2.22); ofereceu sacrifício no templo segundo a Lei (Lc 2.24); foi odiado segundo a Lei (Jo 15.25); foi morto segundo a Lei (Jo 19.7); viveu, morreu e ressuscitou segundo a Lei (Lc 24.44,46).

Apesar de Jesus haver cumprido toda a Lei, a respeito dEle se lê: "E os judeus perseguiam a Jesus, porque fazia estas coisas no sábado. Mas Ele lhes disse: Meu pai trabalha até agora, e eu traba­lho também. Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus" (Jo 5.16-18). (ênfase minha)

Observe que assim como para os judeus era inadmissível Je­sus ser Filho de Deus enquanto violava o sábado, para o Adventismo é igualmente impossível admitir que os evangélicos sejam filhos de Deus enquanto guardam o domingo, em substi­tuição ao sábado.

 

3.2. A Abolição do Sábado

Acusado pelos judeus de violar o sábado, Jesus afirmou que "... o sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; de sorte que o Filho do homem é Senhor também do sábado" (Mc 2.27,28).

Com estas palavras, Jesus defende o princípio moral do quar­to mandamento do Decálogo, condenando abertamente o cerimonialismo, e revela a sua autoridade divina sobre o sábado, para cumpri-lo, aboli-lo ou mudá-lo. O sentimento moral é a ne­cessidade de se descansar um dia por semana, valendo, para esse fim, qualquer deles.

Sobre esta questão, escreveu o apóstolo Paulo: "Um faz dife­rença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente. Quem distin­gue entre dia e dia, para o Senhor o faz" (Rm 14.5,6).

 

3.3- Por que o Domingo?

Dentre outras razões da substituição do sábado pelo domingo, como dia semanal de repouso para a Igreja, destacam-se as se­guintes:

• Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana (Mc 16.9).

• O primeiro dia da semana foi o dia especial das manifesta­ções de Cristo ressuscitado. Manifestou-se cinco vezes no primei­ro domingo e outra vez no domingo seguinte (Lc 24.13,33-36; Jo 20.13-19,26).

•  O Espírito Santo foi derramado no dia de Pentecostes, um dia de domingo (Lv 23.15,16,21; At 2.1-4).

•  Os cristãos dos tempos apostólicos costumavam reunir-se aos domingos para celebrar a Santa Ceia do Senhor, pregar, e se­parar suas ofertas para o Senhor (At 20.7; 1 Co 16.1,2).

Ainda sobre o domingo como dia de festa semanal da Igreja, veja o que escreveram os seguintes Pais da Igreja:

Barnabé: "De maneira que nós observamos o domingo com regozijo, o dia em que Jesus ressuscitou dos mortos".

Justino Mártir: "Mas o domingo é o dia em que todos te­mos nossa reunião comum, porque é o primeiro dia da semana, e Jesus Cristo, nosso Salvador, neste mesmo dia ressuscitou da mor­te".

•  Inácio: "Todo aquele que ama a Cristo, celebra o Dia do Senhor, consagrado à ressurreição de Cristo como o principal de todos os dias, não guardando os sábados, mas vivendo de acordo com o Dia do Senhor, no qual nossa vida se levantou outra vez por meio dele e de sua morte. Que todo amigo de Cristo guarde o dia do Senhor!"

Dionísio de Corinto: "Hoje observamos o dia santo do Se­nhor, em que lemos sua carta".

Vitorino: "No Dia do Senhor acudimos para tomar nosso pão com ações de graça, para que não se creia que observamos o sábado com os judeus, o qual Cristo mesmo, o Senhor do sábado, aboliu em seu corpo".

Escreve o apóstolo Paulo: "Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, por­que tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo. Ninguém se faça árbitro contra vós ou­tros, pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões, enfatuado sem motivo algum na sua mente carnal, e não retendo a Cabeça, da qual todo corpo, suprido e bem vinculado por suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que procede de Deus" (Cl 2.16-19).

 

IV. DOUTRINAS PECULIARES DO ADVENTISMO

Além da guarda do sábado, o Adventismo do Sétimo Dia di­verge dos evangélicos em outros três assuntos de capital impor­tância. São eles: o estado da alma após a morte, o destino final dos ímpios e de Satanás, e a obra da expiação.

 

4.1. O Estado da Alma Após a Morte

O Adventismo ensina que após a morte do corpo a alma é reduzida ao estado de silêncio, de inatividade e de inteira in-consciência, isto é, entre a morte e a ressurreição, os mortos dor­mem.

Este ensino contradiz vários textos das Escrituras, dentre os quais destacam-se Lucas 16.22-30 e Apocalipse 6.9,10.

 

O primeiro texto registra a história do rico e Lázaro logo após a morte, e mostra que o rico, estando no inferno,

a. levantou os olhos e viu Lázaro no seio de Abraão (v.23);

b. clamou por misericórdia (v.24);

c. teve sede (v.24);

d.  sentiu-se atormentado (v.24);

e. rogou em favor dos seus irmãos (v.27);

f. ainda tinha seus irmãos em lembrança (v.28);

g. persistiu em rogar a favor dos seus entes queridos (v.30).

 

Já o texto de Apocalipse 6.9,10 trata da abertura do quinto selo, quando João viu debaixo do altar "as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam".

 

Segundo o registro de João, elas

a. clamavam com grande voz (v.10);

b. inquiriram o Senhor (v.10);

c. reconheceram a soberania do Senhor (v.10);

d. lembravam-se de acontecimentos da Terra (v.10);

e. clamavam por vingança divina contra os ímpios (v. 10).

 

As expressões dormir ou sono usadas na Bíblia para tipificar a morte falam da indiferença dos mortos para com os acontecimen­tos normais da Terra e nunca para com aquilo que faz parte do ambiente onde estão as almas desencarnadas. Assim como o sub­consciente continua ativo enquanto o corpo dorme, a alma do ho­mem não cessa sua atividade quando o corpo morre.

A palavra de Cristo na cruz ao ladrão arrependido: "Em ver­dade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso" (Lc 23.43), é uma prova da consciência da alma imediatamente após a morte.

No momento da transfiguração de Cristo, Moisés não estava inconsciente e silencioso enquanto falava com Cristo sobre a sua morte iminente (Mt 17.1-6).

 

4.2. O Destino Final dos Ímpios e Satanás

Spicer, um dos mais lidos escritores adventistas, escreve: "O ensino positivo da Sagrada Escritura é que o pecado e os pecado­res serão exterminados para não mais existirem. Haverá de novo um Universo limpo, quando estiver terminada a grande controvér­sia entre Cristo e Satanás". É evidente que este ensino entra em contradição com as seguintes passagens: Daniel 12.2; Mateus 25.46; João 5.29 e Apocalipse 20.10.

 

Daniel 12.2 e Mateus 25.46 estão de acordo ao afirmar que:

a. Os justos ressuscitarão para a vida e gozo eternos;

b. Os ímpios ressuscitarão para vergonha e horror igualmente eternos.

Aqui, "vergonha e horror eterno" não significa destruição ou aniquilamento. Estas palavras falam do estado de separação entre Deus e o ímpio após a sua morte. Se for certo que o ímpio será destruído, por que então terá ele de ressuscitar e depois ser lança­do no Lago de Fogo? (Mt 25.41). Apocalipse 14.10,11 diz que os adoradores do Anticristo serão atormentados "e a fumaça de seu tormento sobe pelos séculos dos séculos". Isto não é aniquilamen­to. Quanto à pessoa de Satanás, Apocalipse 20.10 diz que ele, o Anticristo e o Falso Profeta, "serão atormentados no Lago de Fogo pelos séculos dos séculos", para sempre. Isto não é aniquilamento.

 

 

4.3. A Doutrina da Expiação

Segundo o Adventismo do Sétimo Dia, a doutrina da expiação é explicada partindo do seguinte raciocínio:

a.  Em 1844, Cristo começou a purificação do santuário celestial.

b. O céu é a réplica do santuário típico sobre a Terra, com dois compartimentos: o lugar santo e o santo dos santos.

c. No primeiro compartimento do santuário celestial, Cristo intercedeu durante dezoito séculos (do ano 33 ao ano 1844), em prol dos pecadores penitentes, "entretanto seus pecados permane­ciam ainda no livro de registros".

d. A expiação de Cristo permanecera inacabada, pois havia ainda uma tarefa a ser realizada, a saber: a remoção de pecados do santuário no céu.

e. A doutrina do santuário levou o Adventismo do Sétimo Dia finalmente a declarar: "Nós discordamos da opinião de que a ex­piação foi efetuada na cruz, conforme geralmente se admite".

Este ensino não pode manter-se de pé, primeiramente porque foi concebido por uma pessoa (a senhora White) de exagerado fanatismo e de muitas visões da carne; e segundo, porque é incoe­rente com o tratamento do assunto nas Escrituras. A Bíblia ensina que:

 

a. A obra expiatória de Cristo é perfeita (Hb 7.27; 10.12,14).

b. A salvação do crente é perfeita e imediata (Jo 5.24; 8.36; Rm8.1; 1 Jo 1.7).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Didache – O ensino dos doze Apóstolos

 

(Fim do primeiro século)

 

 

 

 

 

 

Capítulo 1

Os Dois Modos e a Primeira Ordem

HÁ DOIS MODOS, um de vida e um de morte, mas uma grande diferença entre os dois modos. O modo de vida, então, é este: Primeiro, amarás ao Deus que te fez; segundo, ame ao teu vizinho como a ti mesmo, e não faça ao outro o que não queres que seja feito a ti. E destas declarações o ensino é este: Abençoe aqueles que te amaldiçoam, e ore pelos seus inimigos, e jejue por aqueles que te perseguem. Pois que recompensa há em amar os que te amam? Não fazem assim os gentios? Mas ameis aos que te odeiam, e tu não terás um inimigo. Afaste-se de luxúrias carnais e mundanas. Se alguém golpear sua face direita, vire a ele também a outra, e serás perfeito. Se alguém o forçar [a andar] uma milha, vá com ele duas. Se alguém tomar tua capa, dê-lhe também seu casaco. Se alguém tomar de ti o que é seu, não peça de volta, pois na verdade não é capaz. Dê a todo o que te pede, e não peça de volta; pois a vontade do Pai é que tudo deve ser dado de nossas próprias bênçãos (dons gratuitos). Feliz é aquele que dá de acordo com o mandamento, porque é inocente. Ai daquele que recebe; pois se alguém recebe quem tem necessidade, ele é inocente; mas aquele que recebe não tendo necessidade pagará a penalidade, por que recebeu e para que quê. E ao entrar em confinamento, ele será examinado com relação às coisas que ele fez, e ele não escapará de lá até que reembolse o último centavo. E também com relação a isto, foi dito, deixe suas esmolas suar em suas mãos, até que saibas a quem deverás dar.

Capítulo 2

A Segunda Ordem:

Pecado Sério Proibido

E o segundo mandamento do Ensino; não cometerás homicídio, não cometerás adultério, não cometerás pederastia, não cometerás fornicação, não roubarás, não praticarás magia, não praticarás feitiçaria, não matarás uma criança por aborto, nem matarás a que nasce. Não desejarás as coisas de teu vizinho, não jurarás, não darás falso testemunho, não falarás mal, não sustentarás nenhum rancor. Não serás dúbio de mente nem dobre de língua, pois ser dobre de língua é uma armadilha de morte. Sua fala não será falsa, nem vazia, mas cumprida através da ação. Não serás cobiçoso, nem ávido, nem um hipócrita, nem mal disposto, nem arrogante. Não farás má deliberação contra teu vizinho. Não odiarás a nenhum homem; mas alguns reprovarás, e por alguns orarás, e alguns tu amarás mais que sua própria vida.

Capítulo 3

Outros Pecados Proibidos

Meu filho, fuja de tudo que é mau, e de tudo que se assemelhe a isto. Não seja propenso a raiva, pois a raiva conduz ao assassínio. Nem sejas ciumento, nem briguento, nem de temperamento fervente, pois destes se geram homicídios. Meu filho, não sejas luxurioso. Pois a luxúria leva à fornicação. Nem sejas um fala-dor imundo, nem altivo, pois estes geram adultérios. Meu filho, não sejas um observador de presságios, visto que isto conduz à idolatria. Nem sejas um encantador, nem astrólogo, nem um purificador, nem se deixe levar por estas coisas, pois estas geram idolatria. Meu filho, não sejas um mentiroso, visto que uma mentira conduz ao roubo. Nem sejas amante do dinheiro, nem vanglorioso, pois destes gera-se o roubo. Meu filho, não sejas um murmurador, visto que isto conduz à blasfêmia. Não sejas egoísta nem mal-intencionado, pois estes geram blasfêmias.

Prefira, ser manso, pois o manso herdará a terra. Sejas resignado, piedoso e clemente e gentil; e bom e sempre tremendo às palavras que ouvis-te. Não exaltes, nem conceda autoconfiança à sua alma. A sua alma não se junte ao altivo, mas apenas com o humilde deve ter relacionamento. Aceite tudo que acontece a ti como algo bom, sabendo que se não for por Deus nada acontecerá.

Capítulo 4

Vários Preceitos

Meu filho, lembre-se noite e dia daquele que fala a palavra de Deus contigo, e honre-o como fazes ao Senhor. Por onde quer que a regra grandiosa seja proferida, há Deus. E procure dia a dia as faces dos santos, para que tu possas descansar nas suas palavras. Não almeje a divisão, mas prefira aqueles que afirmam a paz. Julgue justamente, e não respeite as pessoas ao reprovar suas transgressões. Não fiques indeciso se será ou não. Não fiques diante de uma maca para receber e de uma gaveta para dar. Se tiveres alguma coisa, por suas mãos darás resgate por seus pecados. Não hesite em dar, nem reclame quando deres; pois tu saberás quem é o bom retribuidor do assalariado. Não se vire daquele que está querendo (pedindo); prefira, compartilhar todas as coisas com seu irmão, e não diga que elas são suas próprias coisas. Pois se tu és participante no que é imortal, quanto mais naquilo que é mortal? Não detenha sua mão de seu filho ou filha; prefira, ensinar-lhes o temor de Deus desde sua mocidade. Não ordene nada em sua amargura ao seu servo ou serva que esperam no mesmo Deus para que não eles deixem de temer ao Deus que está acima de ambos; porque ele não vem chamar de acordo com a aparência externa, mas para aqueles a quem o Espírito preparou. E teu servo esteja sujeito a seus mestres quanto ao modo de Deus, em modéstia e temor. Tu odiarás toda hipocrisia e tudo que não é do agrado de Deus. Não abandone de nenhum modo às ordens do Senhor; mas mantém o que tens recebido, nem acrescendo nem tirando. Na igreja tu reconhecerás tuas transgressões, e não virás para sua oração com uma consciência má. Este é o modo de vida.

Capítulo 5

O Modo da Morte

E o modo de morte é este: Em primeiro lugar, é mau e amaldiçoado: assassinatos, adultério, luxúria, fornicação, roubos, idolatrias, artes mágicas, feitiçarias, estupro, falso testemunho, hipocrisia, falsa intenção, decepção, arrogância, depravação, egoísmo, ganância, fala imunda, ciúme, auto-confiança, presunção, ostentação; perseguição ao bem, ódio à verdade, amor à mentira, desconhecimento de uma recompensa por retidão, que não reparte por bem, nem tem julgamento íntegro, não assiste ao que é bom, mas ao o que é mau; de quem mansidão e resistência estão distantes, vaidades amorosas, procura pela vingança, que não tem pena de um homem pobre, que não trabalha para o aflito, desconhecendo Aquele que os fez, assassinos de crianças, destruidores da obra de Deus, afastando-se daquele que é desejável, afligindo o que está aflito, defensores dos ricos, juízes sem lei dos pecadores pobres, absolutos. Sejais, filhinhos, livres de todos estes.

Capítulo 6

Contra Falsos Mestres, e Comida Oferecida a Ídolos

Tenhais cuidado para que ninguém vos faça errar neste modo de Ensino, visto que é Deus que vos ensina. Pois se sois capazes de suportar o jugo do Senhor, sereis perfeitos; mas se não puderes fazer isto, façais o que sois capazes. E com relação à comida, suportai o que sois capazes; mas com respeito ao que é sacrificado a ídolos tendes excessivo cuidado; pois isto é obra de deuses mortos.

Capítulo 7

Acerca do Batismo

Com relação ao batismo, batizai deste modo: Dizendo todas estas coisas primeiro, batizai no nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, em água viva. Mas se tu não tiveres água viva, batizai em outra água; e se não podes fazer assim em água fria, faça assim em água morna. Mas se não tiveres nenhuma, despeje água três vezes na cabeça [do que está sendo batizado] no nome do Pai, Filho e Espírito Santo. Mas antes do batismo o batizador deve jejuar, e também os batizados, e quem mais puder; mas tu ordenarás o batizado a jejuar um ou dois dias antes.

Capítulo 8

Jejum e Oração (a Oração do Senhor)

Para que os seus jejuns não sejam como os dos hipócritas, porque eles jejuam no segundo e quinto dia da semana. Prefira, jejuar no quarto dia e na Preparação (sexta-feira). Não ore como os hipócritas, mas prefira a oração como o Senhor ensinou no seu Evangelho, dessa maneira:

Pai Nosso que estais no céu, santificado seja o Teu nome. Venha o Teu reino. Seja feita Tua vontade, na terra, como no céu. Nos dê hoje nosso pão (necessário) de cada dia, e perdoa-nos nossas dívidas como nós também perdoamos nossos deve-dores. E não nos deixe cair em tentação, mas livra-nos do mau (ou mal); pois Teu é para sempre o poder e a glória.

Ore três vezes a cada dia.

Capítulo 9

A Eucaristia

Agora com relação à Eucaristia, dê graças deste modo. Primeiro, com relação ao cálice: Nós te agradecemos, nosso Pai, pela videira santa de Davi, o teu servo, que Tu tornaste conhecido a nós por Jesus Teu Servo; a Ti seja para sempre a glória. E com relação ao pão partido: Nós te agradecemos, nosso Pai, pela vida e conhecimento que fizeste conhecidos a nós por Jesus Teu Servo; a Ti seja para sempre a glória. Até mesmo como este pão partido se espalhou sobre as colinas, e foi reunido e se tornou um, assim que a Tua Igreja seja reunida desde os confins da terra em Teu reino; pois Tua é para sempre a glória e o poder por Jesus Cristo.

Mas não deixou ninguém comer ou beber de sua Eucaristia, a menos que eles fossem batizados no nome do Senhor; por também se interessar por isto o Senhor disse, "não dê o que é santo aos cães."

Capítulo 10

Oração de Acordo com a Comunhão

Mas depois que você estiver cheio, dê graças, deste modo:

Nós Te agradecemos, Pai santo, por Teu santo nome porque fizeste um tabernáculo em nossos corações, e pelo conhecimento e fé e imortalidade, que modestamente nos tornou conhecidos através de Jesus, Teu Servo; a Ti seja para sempre a glória. Tu, Mestre todo-poderoso, criaste todas as coisas por amor de Teu nome; Tu deste comida e bebida aos homens para o prazer deles, para que pudessem dar-te graças; mas para nós nos deste de boa vontade alimento e bebida espirituais e vida eterna mediante Teu Servo. Antes de todas as coisas nós Te agradecemos pois és poderoso; a Ti seja para sempre a glória. Lembre-se, Senhor, de Tua Igreja, para livrá-la de todo o mal e para torná-la perfeita em Teu amor, pois a reuniste desde os quatro ventos, e a santificou para o Teu reino que preparaste para ela; pois Teu é o poder e a glória para sempre. Que venha a graça, e que este mundo faleça. Hosana ao Deus de Davi! Se alguém é santo, que venha; se alguém não é, que se arrependa. Maranatha. Amém.

Contudo, permita aos profetas fazerem ação de graças tanto quanto desejarem.

Capítulo 11

A Respeito dos Mestres, Apóstolos, e Profetas

Portanto, quem quer que venha e te ensine todas as coisas que foram ditas antes, o receba. Mas se o próprio mestre se volta e ensina outra doutrina à destruição deste, não lhe dê ouvidos. Mas se ele ensina para aumentar a retidão e o conhecimento do Senhor, receba-o como ao Senhor. Mas com respeito aos apóstolos e profetas, aja de acordo com o decreto do Evangelho. Todo apóstolo que vier a Ti seja recebido como o Senhor. Mas que ele não permaneça mais de um dia; ou dois dias, se houver uma necessidade. Mas se ele permanecer três dias, ele é um falso profeta. E quando o apóstolo vai embora, não o deixe levar nada mais que pão até que ele se hospede. Se ele pedir dinheiro, ele é um falso profeta. E todo profeta que fala no Espírito tu não deves nem provar nem julgar; pois todo pecado será perdoado, mas este pecado não será perdoado. Contudo, nem todo aquele que fala no Espírito é um profeta; mas apenas se ele mantiver os caminhos do Senhor. Portanto o falso profeta e o profeta por seus caminhos serão conhecidos. E todo profeta que ordena uma refeição no Espírito não come dela, a menos que realmente seja falso profeta. E todo profeta que ensina a verdade, mas não faz o que ensina, é um falso profeta. E todo profeta, provado ser verdadeiro, opera no mistério da Igreja no mundo, ainda que não ensine a outros a fazer o que ele mesmo faz, não será julgado entre vós, pois com Deus ele terá seu julgamento; porque assim também fizeram os profetas antigos. Mas quem diz no Espírito, me dê dinheiro, ou qualquer outra coisa, não lhe dê ouvidos. Mas se ele lhe diz que dê para outros porque estão em necessidade, ninguém o julgue.

Capítulo 12

Recepção de Cristãos

Mas receba todo mundo que entra em nome do Senhor, e prove e o conheça posterior-mente; para que tu tenhas entendimento do certo e do errado. Se aquele que vem é um viandante, o ajude até onde for possível; mas que ele não permaneça contigo mais de dois ou três dias, pela necessidade. Mas se ele quer ficar contigo, e é um artesão, o deixe trabalhar e comer. Mas se ele não tem nenhum oficio, de acordo com sua compreensão, trate-o como a um Cristão, mas que ele não viva contigo se' for ocioso. Pois se ele nada faz, ele é um trapaceiro. Mantenha-se longe deste.

Capítulo 13

Apoio de Profetas

Todo profeta verdadeiro que quiser viver entre vós é merecedor do vosso apoio. Como também é merecedor um verdadeiro mestre, como o trabalhador, do vosso apoio. Portanto, toda primícia dos produtos da vinha prensada e esmagada, de bois e de ovelhas, tu as tomará e dará aos profetas, porque eles são seus sumos sacerdotes. Mas se não tiveres nenhum profeta, dê para o pobre. Se fizeres um pouco de massa, levai a primícia e dai de acordo com o mandamento. Assim também quando abrires um jarro de vinho ou de óleo, levai a primícia e dai aos profetas; e de dinheiro (prata) e de roupas e de toda posse, levai a primícia, como vos parecer bom, e dai de acordo com a ordem.

Capítulo 14

Assembléia Cristã no Dia do Senhor

Em cada dia do Senhor deveis vos reunir, partir o pão e fazer ação de graças depois de terdes confessado vossas transgressões, para que vosso sacrifício seja puro. Que ninguém que esteja em conflito com o companheiro deve vir junto contigo, até que eles sejam reconciliados, para que vosso sacrifício não seja profanado. Pois isto é o que foi dito pelo Senhor: "Em todo tempo e lugar fazei oferta a mim com um sacrifício puro; porque eu sou um grande Rei, diz o Senhor, e meu nome é maravilhoso entre as nações."

Capítulo 15

Os Bispos e Diáconos; Reprovação Cristã

Portanto, designai para vós mesmos, bispos e diáconos dignos do Senhor, homens mansos, e não amantes de dinheiro, verdadeiros e provados; porque eles também rendem a ti o oficio de profetas e mestres. Por isso não os menospreze, porque eles são honrados, junto com os profetas e mestres. E reprovai um ao outro, não em ira, mas em paz, como vistes no Evangelho. Mas para todo aquele que agir de maneira errada para com um outro, que ele não fale, nem seja ouvida qualquer coisa de ti até que se arrependa. Mas suas orações e esmolas e todos os seus atos sejam assim, como vistes no Evangelho do nosso Senhor.

Capítulo 16

Vigilância; a Vinda do Senhor

Atentai por vossas vidas. Não deixeis vossas lâmpadas se extinguirem, nem vossos lombos soltos; mas estejais prontos, pois não sabeis a hora na qual nosso Senhor virá. Mas reuni-vos freqüentemente, buscando as coisas que são úteis à vossas almas: porque todo o tempo de vossa fé não vos será útil, se não estiverdes perfeitos no último momento. Porque nos últimos dias falsos profetas e corruptores se multiplicarão, e as ovelhas se converterão em lobos, e o amor será transformado em ódio; porque quando a iniqüidade aumentar, eles odiarão e perseguirão e trairão uns aos outros, e então aparecerá o enganador do mundo como Filho de Deus, e fará sinais e maravilhas, e a terra será entregue em suas mãos, e ele fará coisas injustas que nunca foram vistas desde o princípio. Então a criação dos homens entrará no fogo do juízo, e muitos tropeçarão e perecerão; mas aqueles que suportarem em sua fé serão salvos da própria maldição. E então aparecerá o sinal da verdade: primeiro, o sinal do abrir dos céus, então o sinal do som da trompete. E terceiro, a ressurreição dos mortos — contudo não de todo, mas como é dito: "O Senhor virá e todos os Seus santos com Ele." Então o mundo verá o Senhor vindo nas nuvens do céu. Fim

 

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